Brasa Ancestral, n°1 - Arte e Ancestralidade

soulnicco
9 de jun.
2 min de leitura

Atualizado: 8 de jul.

arte, amuleto e altar | por Nicco Gomez

Arte de parede da série Brasa Ancestral, feita com tronco queimado pela técnica ancestral Shou Sugi Ban. Fibras naturais de algodão, juta e sisal trançadas à mão em macramê, com detalhes em contas de madeira. Obra pendurada sobre fundo neutro, no estúdio Alcmena - por Nicco Gomez. — *Peça n°1 da série Brasa Ancestral. Shou Sugi Ban. Fibras naturais e macramê.*

Gritos silenciosos

Brasa Ancestral é sustentada por troncos que atravessaram o fogo e se tornaram arte, rito e memória materializada.

Em cada peça, o silêncio e o grito dos ancestrais permanecem. As fibras ecoam histórias de vida e de luta, mesmo quando esquecidas.

Herança que cruza o espaço-tempo

A série convida à escuta de tudo o que arde dentro de nós, mas que cura.

Do que queima,

mas também revela.

Um chamado dos antepassados a olhar para dentro, a reconhecer as brasas que ainda queimam em nossas escolhas.

Nicco Gomez com a peça n1 da série Brasa Ancestral. Fibras naturais, macramê e shou sugi ban. Arte contemporânea de parede. — O corpo se move como rastro ancestral que atravessa gerações, mantendo a chama criativa acesa.

Trama, tempo e sopro

Trançar as fibras é como invocar, em silêncio, as forças invisíveis que correm em nosso sangue.

Entrelaçadas como raízes, conduzem ao passado como um caminho de retorno e revelam uma nova jornada com paixão e reverência.

A ancestralidade se manifesta de forma sutil e nos instantes mais improváveis, como um sopro no ouvido.

Detalhes da peça n°1 da série Brasa Ancestral, por Nicco Gomez. Tramas artesanais de algodão, juta e sisal, contas de madeira e o tronco queimado com técnica Shou Sugi Ban em destaque: revelando texturas, curvas e nós. — As fibras expõem o gesto ancestral que ainda respira em nós.

Arte é beleza que não existe sem o caos da ancestralidade

Todo projeto criativo que envolve pesquisa, análise conceitual e contexto, necessita do caos que antecede a apresentação editorial.

E não poderia ser diferente com a primeira peça de uma série tão simbólica e poderosa.

Bagunça total.

Fibras naturais por toda a parte,

quase criando raízes.

Caos movido pelo desejo de contemplar o início de um novo portal.

Espaço de permanência

E com a arte instalada, um lembrete de que a ancestralidade não habita apenas o passado, ela molda quem somos e abre caminhos para o que podemos nos tornar.

Peça n1 da série Brasa Ancestral em espaço de design contemporâneo, por Nicco Gomez. — No silêncio do espaço, a presença do tempo: a peça se integra ao ambiente como se sempre estivesse ali.

Que essa brasa ecoe em quem a contempla e que cada olhar desperte uma memória esquecida ou acenda uma nova.

Brasa Ancestral – nº1 é a primeira peça de uma série contínua. Cada obra será apresentada como um vestígio vivo entre o corpo, o silêncio e o tempo.